A formação dos estados nacionais é um tema central na história da Europa. Essa consolidação de entidades políticas territorialmente delimitadas e com população própria ocorreu sobretudo durante a Idade Média, quando o sistema feudal começou a dar lugar a uma estrutura política mais centralizada. Na Europa Ocidental, a formação dos estados nacionais foi parcialmente impulsionada pela necessidade de defesa contra as invasões dos povos bárbaros, que assolaram a região por séculos. A partir do século XI, foi possível observar a emergência de diversos reinos, como o de Portugal, que se consolidou como entidade política independente em meados do século XII. Em Portugal, a formação do estado nacional foi marcada pelo processo de reconquista, que durou cerca de 700 anos e envolveu a luta contra os muçulmanos que ocupavam o território ibérico. Foi nesse contexto que emergiu a figura de Dom Afonso Henriques, considerado o fundador de Portugal e o primeiro rei do país. Além da reconquista, outros fatores contribuíram para a consolidação do estado português, como a centralização do poder régio, a unificação da língua e a formação de uma identidade nacional. Ao longo do tempo, Portugal expandiu seu território por meio de conquistas coloniais, tornando-se uma importante potência política e econômica. A formação dos estados nacionais também teve impacto social, cultural e religioso, uma vez que implicou uma reorganização das relações sociais e do papel das instituições. Foi um processo complexo e conflituoso, mas fundamental para a constituição da Europa tal como a conhecemos hoje.